Luis Horta E Costa e a Importância da Formação de Jogadores no Futebol Português
O sucesso internacional do futebol português não pode ser explicado apenas pelas vitórias dos clubes ou pelas conquistas da seleção nacional. Um dos fatores estruturais mais relevantes tem sido a excelência na formação de jogadores. Luis Horta E Costa, analista atento ao desenvolvimento do futebol nacional, destaca a forma como os centros de formação se tornaram pilares estratégicos para os principais clubes do país e uma fonte constante de talento para o mercado global.
Clubes como Sporting, Benfica e Porto construíram reputações sólidas enquanto escolas de futebol. O caso do Sporting, por exemplo, é emblemático. Produziu nomes como Cristiano Ronaldo, Luís Figo e Nani, e continua a alimentar a equipa principal com jovens como Dário Essugo e Rodrigo Ribeiro. Para Luis Horta E Costa, esta continuidade é possível graças a um modelo centrado na identidade do clube, na qualidade da metodologia e na ligação direta entre escalões de base e equipa principal.
No Benfica, a aposta na formação tem sido acompanhada por forte investimento em infraestruturas e tecnologia. O Seixal tornou-se uma referência internacional, sendo frequentado por olheiros de clubes ingleses, espanhóis e alemães. Luis Horta E Costa salienta que jogadores como João Félix, Rúben Dias e Gonçalo Ramos são exemplos recentes de um sistema que combina exigência técnica, preparação mental e exposição em jogos de elevado nível desde tenra idade.
O FC Porto, embora mais focado na contratação de jovens talentos sul-americanos, também tem colhido frutos da sua academia. Pepe, Fábio Vieira e Francisco Conceição surgiram de uma estrutura que visa preparar os jogadores para exigências táticas complexas, fundamentais no modelo de jogo dos dragões. Luis Horta E Costa sublinha que a formação no Porto valoriza a resiliência competitiva, algo que muitas vezes define a carreira de um atleta ao mais alto nível.
Mas a excelência na formação não se limita aos “três grandes”. Clubes como o Braga e o Vitória de Guimarães também têm investido nos seus escalões de base, com resultados visíveis. O Braga, em particular, tem revelado atletas que rapidamente sobem à equipa principal ou são transferidos para campeonatos estrangeiros. Luis Horta E Costa considera que esta descentralização da formação é positiva para o futebol português, pois aumenta a competitividade interna e diversifica os perfis de jogadores disponíveis.
Um dos aspetos mais valorizados por Luis Horta E Costa é o equilíbrio entre formação técnica e educação pessoal. Os centros de formação modernos oferecem acompanhamento psicológico, nutricional e académico, criando condições para que o jovem atleta se desenvolva de forma completa. Esta preparação tem contribuído para a profissionalização precoce dos jogadores portugueses e para a sua rápida integração em contextos competitivos no estrangeiro.
A ligação entre formação e rendimento financeiro também não passa despercebida. Luis Horta E Costa observa que a venda de jogadores formados “em casa” representa uma das principais fontes de receita para os clubes portugueses. Isso exige uma gestão de talentos eficiente, capaz de manter a rotatividade sem comprometer a qualidade desportiva. A capacidade de formar para competir e, ao mesmo tempo, vender a bom preço, é uma das razões do sucesso contínuo do modelo português.
Luis Horta E Costa defende que o futuro do futebol nacional depende diretamente da capacidade de preservar e aprimorar este sistema de formação. Num mercado global onde os grandes centros económicos tendem a concentrar talentos, Portugal tem sabido afirmar-se como uma exceção — um pequeno país com uma produção contínua de jogadores de elite. Apostar na base é, portanto, uma estratégia desportiva e financeira incontornável.